sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Família: Laços espirituais e materiais


Os laços que nos prendem uns aos outros são muito mais fortes do que imaginamos.

Somos todos filhos de Deus caminhando para a perfeição espiritual e, nessa caminhada, vamos nos encontrando uns com os outros: às vezes dando nós em nossos relacionamentos, às vezes fazendo lindos e abençoados laços pelo caminho.  Família espiritual e família material. 

Como trabalhar esse assunto com nossas crianças e jovens?


Aula 1
Brincadeira: Uma fila de frente pra outra com o mesmo número de crianças.

Inventar uma história em que a 1a pessoa da fila seja parente ou amigo da 1a da outra fila e você vai passando o rolo de barbante (abrindo e entregando uma ponta a cada) pra cada um quando se mencionar o nome daquela pessoa.

Exemplo: Fulaninha nasceu irmã de joãozinho, que é amigo de Mariazinha que brigou com Ciclaninho... 

Acabando as filas, pedir que elas observem as pessoas com quem elas estão "vivendo" essa encarnação e dizer depois que, assim que todos desencarnaram, pediram uma nova chance para aprenderem a conviver juntos. Dessa forma ir trocando as crianças de lugar - ainda segurando o barbante -, inventando um novo 'parentesco' entre elas - colocando-as perto de seus devidos parentes. Continuando a brincadeira, desencarnaram e novamente encarnaram, recomeçando o parentesco. Ao final de 3 rodadas ver como se encontra o barbante. Pedir que elas desembolem o barbante.

De início irá dar uma pequena confusão, mas elas se entendem e conseguem desembolar os nós.

- Você diz: Vamos tentar desfazer essa confusão?

Eles precisam chegar a uma conclusão conversando, porque se não embola ainda mais.

Sentar no chão e perguntar:

- O que aconteceu quando terminamos de passar o barbante?

- Como conseguimos desfazer o nó?

- Aconteceu de a gente se enrolar mais em algum momento?

Lembrar a eles que a gente faz muito isso durante nossas encarnações:

Nós já causamos muita confusão em outras vidas e, toda vez que nascemos, tentamos desembolar um pouco esses nós para que os nossos laços espirituais fiquem mais fortes com as pessoas com quem convivemos.

- Quem é nossa família? Quem faz parte da nossa família?

(perguntar a cada um deles)

Quando nós reencarnamos, nós esquecemos quem fomos em outras vidas para aprendermos a fazer laços espirituais (amar) com essas pessoas, pra não nos recordarmos do que fizemos ou do que fizeram conosco em vidas passadas.

- Tem alguém que vocês conhecem de quem vocês gostam muito, mas que não faz parte da sua família? Então... essas pessoas são nossas famílias espirituais, além dos que estão ainda no plano espiritual nos esperando e nos dando força pra continuar nosso caminho aqui.

- Levar fotos da família Consanguínea e espiritual de André Luiz, em nosso lar.

 Atividades possíveis:

- Pedir que elas recortem figuras que podem representar pessoas que elas acham que fazem parte da mesma família espiritual. Inventar uma história para esses personagens.

- Mostrar algumas fotos de famílias para eles dizerem o que acham e como são essas famílias (normalmente elas falam de famílias que conhecem, de pessoas que convivem com elas).

- Levar fotografias de famílias pra eles inventarem uma história – normalmente elas pegam as fotos com que mais se identificam.


VÍDEOS:


-A Família do Visconde
Quando a turma do sítio do Pica Pau não entende o motivo do Visconde trabalhar tanto em suas invenções, Tia Nastácia faz uma família pra ele, porém ele sente falta dos amigos...



MÚSICAS:

- Família espiritual - Thiago Brito - Cd Nascer de novo
- A família é o lugar - Grupo Bem
- Família Universal - Tim e Vanessa
- Por que nasci nessa família - Grupo oficina de Arte
- Vibrações da família Universal - Gabriel de Oliveira mathias
- Sou mais família - André Pirola



 Dinâmica
Uma corrida de 3 pernas com as crianças. 
Eles precisam correr até um determinado ponto demarcado pelo evangelizador com as pernas amarradas. Sorteiam-se os pares. Amarra-se um pano unindo a perna direita e esquerda de cada dupla. 
Aqueles que se conhecem e se dão bem terão facilidade em caminhar, porque combinarão anteriormente o que fazer.
Os que nunca se falaram antes, ficarão tímidos e terão um pouco mais de dificuldade para andar assim.
E esse é o ponto de partida para uma conversa sobre as conclusões a que eles chegaram na dinâmica e uma comparação com os laços materiais e espirituais. 




Você pode estudar sobre isso:

O Evangelho segundo o Espiritismo,cap. XIV.

8 – Os laços de sangue não estabelecem necessariamente os laços espirituais. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque este existia antes da formação do corpo. O pai não gera o Espírito do filho: fornece-lhe apenas o envoltório corporal. Mas deve ajudar seu desenvolvimento intelectual e moral, para o fazer progredir.
            Os Espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são os mais frequentemente Espíritos simpáticos, ligados por relações anteriores, que se traduzem pela afeição durante a vida terrena. Mas pode ainda acontecer que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns para os outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem também por seu antagonismo na Terra, a fim de lhes servir de prova. Os verdadeiros laços de família não são, portanto, os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que unem os Espíritos, antes, durante e após a encarnação. Donde se segue que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem, pois, atrair-se, procurar-se, tornarem-se amigos, enquanto dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, como vemos todos os dias. Problema moral, que só o Espiritismo podia resolver, pela pluralidade das existências. (Ver cap. IV, nº 13)
            Há, portanto, duas espécies de famílias: as famílias por laços espirituais e as famílias por laços corporais. As primeiras, duradouras, fortificam-se pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das diversas migrações da alma. As segundas, frágeis como a própria matéria, extinguem-se com o tempo, e quase sempre se dissolvem moralmente desde a vida atual. Foi o que Jesus quis fazer compreender, dizendo aos discípulos: “Eis minha mãe e meus irmãos”, ou seja, a minha família pelos laços espirituais, pois “quem quer que faça a vontade de meu Pai, que está nos céus, é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
            A hostilidade de seus irmãos está claramente expressa no relato de São Marcos, desde que, segundo este, eles se propunham a apoderar-se dele, sob o pretexto de que perdera o juízo. Avisado de que haviam chegado, e conhecendo o sentimento deles a seu respeito, era natural que dissesse, referindo-se aos discípulos, em sentido espiritual: “Eis os meus verdadeiros irmãos”. Sua mãe os acompanhava, e Jesus generalizou o ensino, o que absolutamente não implica que ele pretendesse que sua mãe segundo o sangue nada lhe fosse segundo o Espírito, só merecendo a sua indiferença. Sua conduta, em outras circunstâncias, provou suficientemente o contrário.


- Item 18 do Capítulo IV:

“No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros. (...) Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento.” [4]- 



A Gênese, Capítulo VI:

“Uma mesma família humana foi criada na universalidade dos mundos e os laços de uma fraternidade que ainda não sabeis apreciar foram postos a esses mundos. Se os astros que se harmonizam em seus vastos sistemas são habitados por inteligências, não o são por seres desconhecidos uns dos outros, mas, ao contrário, por seres que trazem marcado na fronte o mesmo destino, que se hão de encontrar temporariamente, segundo suas funções de vida, e encontrar de novo, segundo suas mútuas simpatias. É a grande família dos Espíritos que povoam as terras celestes; é a grande irradiação do Espírito divino que abrange a extensão dos céus e que permanece como tipo primitivo e final da perfeição espiritual.” [6]


Tem alguma dinâmica que gostaria de compartilhar conosco? Escreve aqui nos comentários ou em nossa página no face, ok? Muitos amigos evangelizadores contam conosco pra ajudá-los a ter novas ideias pras suas aulas! 
Grande abraço!